O tratamento do câncer de mama conta com o avanço da ciência para uma abordagem mais ampla, que pode incluir os procedimentos tradicionais de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A hormonioterapia e a terapia alvo são novos métodos incorporados no tratamento desse tumor e que podem trazer resultados bastante positivos.
Anatomia
A principal função da mama é a produção do leite. Essas glândulas levam o líquido dos lóbulos até os mamilos por pequenos canais denominados ductos. O tumor oncológico ocorre pela multiplicação desordenada de suas células.
O câncer de mama pode ser de vários tipos e evoluir de diferentes formas sendo uns mais rápidos e outros mais lentamente. A diferença da evolução está relacionada às características próprias de cada tumor. A doença é rara entre os homens e representa apenas 1% do total de casos dessa doença oncológica.
Check up regular
O diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento dos tumores da mama. Mesmo que a mulher não tenha câncer, ela precisa procurar seu médico oncologista para fazer um check up e entrar em um programa de rastreio adequado, possibilitando a prevenção dessa doença.
Por isso, todas as mulheres devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para poder diferenciar eventuais alterações da mama. Na maioria dos casos, os cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres por meio do autoexame.
O Ministério da Saúde recomenda que a realização da mamografia seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, mesmo quando não há sinais e nem sintomas suspeitos.
Sintomas
A principal manifestação do tumor da mama, registrada em aproximadamente 90% dos casos percebidos pela própria mulher, é a presença de nódulos fixos e geralmente indolores. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja também são sinais da doença.
Alterações no bico do peito, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço, e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos precisam ser investigados por um médico.
Quais os fatores de risco do câncer de mama?
Essa doença oncológica pode ter várias causas, mas a idade é um dos mais importantes fatores. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.
Consumo de bebida alcoólica, obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e inatividade física são fatores ambientais e comportamentais que elevam o risco dessa doença.
Entre os fatores da história reprodutiva e hormonal, a primeira menstruação antes dos 12 anos de idade, não ter filhos e chegar na primeira gravidez após os 30 anos de idade ampliam os riscos do câncer de mama. O uso prolongado de contraceptivos hormonais e fazer reposição hormonal pós-menopausa, por mais de cinco anos, também estão nessa lista.
O fato de não amamentar não é fator de risco. O que ocorre é que a amamentação amplia a proteção contra o câncer. Portanto, o não aleitamento materno reduz significativamente essa proteção.
As mulheres também precisam ficar atentas aos fatores genéticos e hereditários como histórico familiar de câncer de ovário e casos de câncer de mama entre os parentes, principalmente antes dos 50 anos de idade. Atenção ainda para os casos de câncer de mama em homens. Esses fatores são considerados de risco elevado, mas representam apenas de 5% a 10% do total de casos da doença.
Os trabalhadores de algumas aéreas têm maiores chances de desenvolver a doença pela exposição a produtos cancerígenos, principalmente nas indústrias da borracha e plástico, química e refinaria de petróleo. Os riscos também são maiores para cabeleireiros, operadores de rádio e telefone, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo, entre outros.