A campanha Julho Verde faz alerta para a prevenção dos tumores de cabeça e pescoço. Essa é uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), entre os homes e mulheres, o câncer de boca responde por 5% de todos os tumores, ocupando a 5ª posição entre os cânceres masculinos, enquanto o de garganta está em 80 lugar entre os homens.
Fatores de risco
O consumo de tabaco e álcool aumenta em dez vezes a chance de desenvolver o câncer de laringe, que pode se formar nas cordas vocais.
Como detectar?
Os pacientes que apresentam rouquidão, também conhecida como disfonia, devem procurar um médico para um diagnóstico. Esse tumor pode ser provocado ainda por alimentação inadequada, estresse e mau uso da voz e predomina entre os homens.
O paciente pode apresentar ainda dor de garganta ou alteração da qualidade da voz. A dificuldade de engolir, nódulos no pescoço, além da sensação de ‘caroço’ na garganta, merecem uma investigação mais detida dos especialistas.
Entre os casos de tumor na cabeça e pescoço, representam 25% dos registros. O diagnóstico precoce permite um tratamento cirúrgico localizado com menor impacto tecidual.
Outros tumores de cabeça e pescoço
Os lábios também podem ser afetados por tumores oncológicos. Além do cigarro e do álcool, a exposição aos raios solares e o consumo frequente de bebidas muito quentes podem influenciar seu aparecimento. A maioria desse tipo de câncer ocorre em pessoas brancas, na faixa etária entre 50 e 70 anos, predominantemente homens.
Provocado por mutações no DNA das células da boca, que se multiplicam em excesso provocando o surgimento de tumores, o câncer na glândula salivar é raro e representa apenas 1% dos casos. Alguns dos sinais desse tumor são: massa ou nódulo no rosto e dor constante nessa região, no pescoço ou boca. O paciente pode ainda apresentar fraqueza nos músculos do rosto e dormência nessa região, pescoço ou boca, entre outros sintomas.
Mais comum entre os homens acima dos 40 anos, o câncer de boca pode afetar lábios, estrutura da boca como gengivas, bochechas, céu da boca e língua, tanto nas bordas como da região embaixo do órgão. Os tumores que aparecem na língua, amígdalas e palato fibroso compõem a região denominada orofaringe, e têm comportamento diferente da cavidade oral.
Entre os sintomas provados pelos tumores da boca, o paciente pode apresentar feridas na cavidade oral ou nos lábios, que têm como características não cicatrizarem por mais de 15 dias e apresentarem sangramento e crescimento. O aparecimento de manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas também pode ser um indicador da presença dessa doença oncológica.
Nas fases mais agudas, o indivíduo pode apresentar dificuldade de mastigar e engolir, além de desconforto para movimentar a língua e sensação de incômodo na garganta. Problemas de mastigação e de engolir também estão nesta lista.
O tratamento desse câncer ocorre por cirurgia, na maioria dos casos. O médico pode indicar ainda radioterapia e quimioterapia para quando não é possível a intervenção cirúrgica ou por eventuais sequelas funcionais importantes provocadas pela cirurgia.
Como prevenir a maioria desses tumores?
A principal atitude para evitar câncer na região da cabeça e do pescoço é parar de fumar e não ingerir bebida alcoólica. O uso de preservativos vai ajudar a exposição ao HPV em casos de sexo oral. Um levantamento do Inca aponta que a porcentagem de pessoas que transmitem HPV dessa maneira é de 7% dos indivíduos.