O exame preventivo conhecido como Papanicolau é a principal estratégia da saúde para detectar lesões e fazer o diagnóstico precoce do câncer do colo de útero.
Recomendado às mulheres que têm ou já tiveram vida sexual e estão entre 25 e 64 anos de idade, o Papanicolau pode ser realizado a cada três anos.
Denominado ainda como câncer cervical, esse tumor é o terceiro mais frequente na população feminina, excetuando-se o tumor oncológico de pele, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Causas
Infecções persistentes por alguns tipos de HPV encabeçam a lista de causas desse tumor. Vale lembrar que infecção genital por esse vírus ocorre com frequência. Mas, para alguns casos, alterações celulares podem evoluir para câncer. Por isso, a importância do exame preventivo com regularidade para mulheres em determinada faixa etária.
Alguns fatores contribuem para o aumento do risco do tumor do colo do útero. O início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros é um deles. O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também está relacionado a essa doença.
Prevenção
Para prevenir esse tumor do colo de útero, é fundamental reduzir os riscos de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A infecção ocorre por via sexual, por meio de lesões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Por isso, o uso de preservativos durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contato pelo HPV, mas a transmissão também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
O tabagismo também está entre os principais fatores para o aumento de risco do câncer do colo de útero.
Vacinação contra HPV ajuda na prevenção?
Em 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal a tetravalente contra o HPV. Inicialmente, o público-alvo foi formado por meninas de 9 a 13 anos de idade. A partir de 2017, o órgão ampliou a vacinação para meninas de 9 a 14 anos e incluiu os meninos de 11 a 14 anos.
A vacinação é uma das estratégias adotadas pelas autoridades de saúde brasileira no combate a essa doença. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, sendo os dois primeiros reconhecidos pelo aparecimento de verrugas genitais. Já os dois últimos tipos respondem por aproximadamente 70% dos casos de câncer do colo do útero.
O mercado conta com duas vacinas profiláticas contra a doença aprovadas e registradas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas?
Na fase inicial, a maioria dos casos desse tumor oncológico pode estar assintomática. Por isso, a importância do exame preventivo regular, que consegue detectar alterações importantes no órgão.
Nos diagnósticos de casos mais avançados, a paciente pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual. O tumor provoca ainda secreção vaginal anormal e dor abdominal relacionada a queixas urinárias ou intestinais.
Tratamento
O tratamento para o tumor do colo do útero leva em consideração fatores como o estágio da doença, tamanho do tumor, idade da paciente. O desejo de ter filhos é outra ponderação analisada na escolha da melhor estratégia de tratamento dessa doença.
Dependendo do caso, o médico pode optar por cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em algumas situações, a lesão pode ser tratada em ambulatório por meio de uma eletrocirurgia.