Os tratamentos para o câncer de pulmão passam por importantes avanços e devem ser cada vez mais personalizados e precisos. As terapias-alvo e a imunoterapia vêm se despontando como caminhos com melhores soluções para os pacientes diagnosticados com a doença.
O principal fator de risco para o desenvolvimento desse tumor cancerígeno é o tabagismo, responsável por pelo menos 80% de casos. Fumar continuamente pode aumentar o risco em até 50%. Já o tabagismo passivo aumenta os riscos em até 30%.
Anatomia
Com 25 cm de comprimento e 700 g de peso, os pulmões são órgãos esponjosos e elásticos formados por milhões de alvéolos, que se enchem de ar.
Os pulmões têm o papel de fornecer oxigênio ao sangue, que é transportado para as células do corpo. Eles são cobertos pela pleura, uma membrana transparente e fina. Esta se divide em pleura interna, que é ligada à superfície pulmonar, e pleura externa, que é ligada à parede da caixa torácica.
O sistema respiratório pode ser dividido por uma parte condutora, que é composta pelas fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Ele conta ainda com uma parte respiratória, que responde pela retirada do oxigênio do meio externo e disponibilizado para o sangue. No caminho inverso, o gás carbônico entra no sistema respiratório para ser eliminado para o meio.
Estatísticas
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), excetuando o câncer de pele não melanoma, o tumor oncológico no pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. No mundo, ocupa a primeira posição tanto em incidência quanto em mortalidade, alcançando 13% de todos os casos novos de câncer.
Quais os sintomas do tumor no pulmão?
O câncer de pulmão pode ser assintomático na sua fase inicial. Porém, alguns pacientes podem apresentar sintomas, como: tosse persistente; escarro com sangue; dor no peito; rouquidão; piora da falta de ar; perda de peso e apetite; pneumonia recorrente ou bronquite; sentir-se cansado ou fraco; nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.
O câncer de pulmão tem tratamento?
Quando é diagnosticado no início, há maiores chances de cura desses tumores. Um dos impactos da evolução do tratamento refletiu no aumento da taxa de sobrevida dos pacientes em 5 anos, que saltaram de 10,7% no início dos anos 1970 para 19,8% na década de 2010.
A adoção da estratégia do tratamento desse tumor depende do diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está localizada no pulmão ou se existem focos em outros órgãos. Geralmente, uma equipe multidisciplinar vai discutir as medidas que precisam ser tomadas.
A opção pela cirurgia ocorre quando é possível fazer a retirada do tumor de maneira segura. Cerca de 20% dos casos podem ser resolvidos por intervenção cirúrgica, que proporciona melhores resultados e controle da doença.
Para destruir as células cancerígenas, a equipe pode optar pela quimioterapia, que também vai reduzir o crescimento do tumor, amenizando os sintomas da doença.
A radioterapia pode ser aplicada antes ou após a cirurgia e tem a função de destruir as células cancerígenas. Porém, essa técnica pode ocasionar efeitos colaterais como pneumonite e esofagite.
Uma nova forma de tratar o câncer de pulmão é a terapia-alvo. Ela é indicada para pacientes com determinadas características genéticas.
Prevenção
Parar de fumar é a melhor medida preventiva para o câncer de pulmão. Mesmo o tabagismo passivo traz grandes riscos às pessoas.
Determinados ambientes de trabalho também podem elevar o risco desse tumor, principalmente para aqueles trabalhadores expostos a agentes químicos como arsênio, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cloreto de vinila, entre outros.