O teste genético Oncotype Dx é um importante aliado para diagnosticar a agressividade do tumor da próstata, permitindo ao especialista adotar critérios específicos para combater a doença. Assim, o médico pode adiar ou até evitar cirurgias, por exemplo, ou adotar outros procedimentos paralelos.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Cerca de 75% dos casos no mundo são diagnosticados em homens com idade a partir de 75 anos. A campanha Novembro Azul é uma das inciativas de conscientização da doença.
Anatomia
Localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto, a próstata é uma glândula que apresenta uma forma arredondada com média de 3 cm de altura, 4 cm de comprimento e 2 cm de largura, totalizando um volume de aproximadamente 15 a 20 centímetros cúbicos e seu peso varia de 15 a 20 gramas.
As vesículas seminais, órgãos responsáveis pela produção de parte do líquido presente no esperma, ficam coladas à próstata. Por dentro dela passa a uretra, canal que drena a urina em direção ao pênis. Também por dentro passam os vasos deferentes, que são canais que transportam os espermatozoides produzidos pelos testículos.
Esse órgão tem como principal função a produção da secreção protetora dos espermatozoides. O líquido prostático representa aproximadamente 30% do volume do esperma ejaculado.
Riscos
A incidência da mortalidade por câncer de próstata aumenta após os 50 anos. A hereditariedade é outro fator que deve ser considerado. Pai e irmão com a doença antes dos 60 anos podem refletir fatores genéticos, como também hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias. Além disso, excesso de gordura pode ser um fator de risco.
Os profissionais expostos a aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, fuligem, dioxinas, entre outros agentes químicos, têm maiores riscos de desenvolver a doença.
Sintomas
O tumor oncológico na próstata pode ser assintomático no início. Quando aparecem, esses sintomas podem ser similares aos do crescimento benigno da próstata – dificuldade de urinar, necessidade de urinar muitas vezes durante o dia ou à noite.
Dor óssea, sintomas urinários ou até infecção generalizada ou insuficiência renal apontam avanço do câncer de próstata.
Diagnóstico sem preconceito
Apesar das campanhas, o preconceito ainda resiste com relação ao exame de toque retal. O importante é fazer o diagnóstico precoce com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos de pessoas com sintomas sugestivos da doença ou aquelas sem sinais, mas pertencentes a grupos com maiores chances de desenvolver esse tumor.
Na maioria dos casos, os exames de toque retal e de sangue para avaliar a dosagem do PSA são suficientes. Com a constatação de aumento da glândula ou PSA alterado, o médico pode indicar a realização de uma biópsia para checar a presença de um tumor e se ele é maligno. Nesses casos, o paciente será submetido a outros exames laboratoriais para checar o seu tamanho e a presença ou não de metástases.
A biópsia é o único procedimento possível para diagnosticar o câncer. Com auxílio da ultrassonografia, o paciente será submetido a retirada de amostras de tecido da glândula para análise. O procedimento pode trazer desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes ao exame. Em caso de infecção, o médico indicará antibióticos para resolver o problema.
O câncer de próstata tem tratamento?
A escolha do tratamento depende da avaliação individualizada. Quando a doença só atinge a próstata, a cirurgia, radioterapia e até mesmo a observação vigilante podem ser os procedimentos indicados.
Nos casos da doença localmente avançada, a radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal pode ser a estratégia a ser adotada. Nos casos metastáticos, os médicos têm adotado a terapia hormonal.