Terceiro tipo de tumor oncológico mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). O câncer de estômago tem cerca de 95% dos casos relacionados ao tipo adenocarcinoma. Ele atinge principalmente homens por volta dos 60 e 70 anos, e aproximadamente 65% dos pacientes encontram-se com idade superior a 50 anos.
O tumor pode se apresentar como linfomas e sarcomas. Os primeiros são diagnosticados em 3% dos casos. Já os sarcomas são considerados raros e têm origem em tecidos dos músculos, ossos e cartilagens. Outro tipo de tumor que afeta o estômago é o estromal gastrointestinal, também denominado como GIST.
Fatores de risco
As pessoas com histórico de consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados em sal, além daquelas que fazem ingestão de álcool, estão mais propensas a ter diagnóstico positivo da doença. Excesso de peso, obesidade e tabagismo são condições que também contribuem para o aumento de risco.
A ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato e doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, leões pré-cancerosas e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), também estão nesta lista.
Os trabalhadores expostos a compostos químicos, como agrotóxicos, benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos, apresentam maior risco para esse tumor.
Quais os sintomas do câncer de estômago?
Esse tumor não apresenta sintomas específicos, mas alguns deles merecem uma investigação mais detida como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente, que também são comuns para os pacientes com gastrite ou úlcera.
O tumor do estômago pode provocar sangramentos gástricos, além de sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte.
Outros sinais indicativos da doença são: aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na parte inferior esquerda do pescoço. Além de nódulos ao redor do umbigo, que apontam que o tumor está em estágio avançado.
Tratamento
Quando o câncer de estômago está restrito ao órgão e aos gânglios linfáticos ao redor, o médico pode optar por cirurgia, acompanhada antes e/ou depois por quimioterapia. Para alguns casos, a radioterapia poderá ser incluída.
Para os casos mais avançados, quando há metástases, o médico vai traçar a melhor estratégia para melhorar a qualidade de vida de acordo com os sintomas presentes, da extensão do tumor e das condições físicas do paciente.
Prevenção
A mudança de hábitos pode parecer difícil para muitos pacientes, mas ela pode começar aos poucos, com o compromisso de incluir uma nova melhoria na vida em etapas, que contribuirá muito para a redução dos riscos de câncer do estômago.
Eliminar o tabagismo e o álcool, por exemplo, pode ser um primeiro passo. Uma outra etapa pode incluir a adoção da prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação saudável, que certamente ajudarão na prevenção desse tumor.
No dia a dia, procure fazer refeições menores a cada três horas e mastigue bem os alimentos, processo essencial para uma boa digestão. Procure incluir frutas e verduras frescas e sucos naturais, dispensando as bebidas alcoólicas.
Aprenda a entender os sinais que o seu corpo apresenta e procure sempre um médico quando tiver distúrbios estomacais como dores logo após as refeições. A sensação de estômago cheio é outro motivo para ficar atento.
Aprenda a relaxar, buscando um período de cada dia para uma atividade prazerosa e agradável. Reduzir a tensão e o estresse também contribui para melhorar a qualidade de vida.