O tabagismo é disparado o principal fator para o aumento do risco do diagnóstico de câncer de bexiga e responde por 50% a 70% dos registros. Ao fumar, o indivíduo consome diversas substâncias tóxicas, que posteriormente são eliminadas pelos rins junto com a urina. Esses produtos agridem as paredes que revestem o interior da bexiga, podendo provocar tumor cancerígeno.
Despontando como a neoplasia mais comum do trato urinário e o nono tipo mais incidente, esse tumor afeta principalmente os homens, ocupando a sexta posição entre as doenças oncológicas nesse grupo, em seguida aos de pulmão, próstata e colorretal. Nas mulheres, fica na 19ª posição.
A maioria dos casos do câncer de bexiga é diagnosticada na camada mucosa, que fica em contato direto com a urina. Os homens brancos, acima de 55 anos, respondem pelo maior número dos registros.
Quando esse tumor começa nas células do tecido mais interno da bexiga, é denominado de carcinoma de células de transição e responde pela maioria dos casos. Ele pode afetar as células delgadas e planas, que podem surgir nesse órgão depois de infecção ou irritação prolongada, sendo conhecido como carcinoma de células escamosas.
Há ainda o adenocarcinoma, originário de células glandulares, que geralmente se formam na bexiga depois de um longo período de irritação ou inflamação.
O câncer de bexiga pode se manifestar nas chamadas células de transição e se disseminar por meio do revestimento desse órgão. Quando isso ocorre, o tumor invade a parede muscular e pode se espalhar para órgãos próximos ou para os gânglios linfáticos.
Outros fatores de risco
Além do tabagismo, mesmo passivo, os pacientes expostos a compostos químicos como aminas aromáticas, azocorantes, benzeno, benzidina, agrotóxico, óleos, petróleo, tintas, entre outros produtos, estão mais sujeitos a apresentar diagnóstico desse tumor na bexiga.
Os trabalhadores de indústrias como agricultura, manufatura de eletrônicos, mineração, alumínio, borracha e plástico, entre outros, estão mais propensos a desenvolver o câncer de bexiga.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é essencial para melhores resultados de cura desse tumor na bexiga. Por isso, as pessoas devem ficar atentas aos sinais, como: sangue na urina, dor durante o ato de urinar e vontade frequente de urinar. O paciente pode apresentar ainda necessidade de urinar, mas sem conseguir fazê-lo.
Tratamento
O tratamento depende do grau da evolução do tumor. O especialista faz o diagnóstico e define a melhor estratégia.
Nos casos cirúrgicos, pode ser indicada a ressecção transuretral, quando o médico remove o tumor via uretra. O cirurgião pode retirar uma parte da bexiga. Para alguns casos, é indicada a remoção completa do órgão, com a sua posterior construção.
Para preservar a bexiga, uma das alternativas é a radioterapia. Em casos de quimioterapia, ela pode ser ingerida na forma de medicamento ou injetada na veia. Ainda há a opção de aplicar o medicamento diretamente na bexiga por meio de um tubo introduzido pela uretra.
O que fazer para prevenir o câncer de bexiga?
Parar imediatamente de fumar reduz significativamente os riscos desse tumor oncológico na bexiga. As pessoas também não devem se expor ao petróleo e seus derivados.
A recomendação dos especialistas inclui uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais e a ingestão frequente de muito líquido, principalmente água, durante todo o dia.