Rua Vergueiro, 1353, Conj 1802, Torre Norte

Paraíso, São Paulo-SP

Consulta presencial

(11) 98984-1934

Longevidade e perspectivas na oncologia

As campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul têm o papel essencial de alertar a população para as doenças oncológicas. A informação é uma ferramenta muito importante para um diagnóstico cada vez mais precoce nessa área, o que é fundamental para o alcance de resultados positivos. O número de pessoas acometidas com algum tipo de câncer deve crescer nos próximos anos tanto no Brasil como no mundo. O aumento pode ser creditado por vários fatores como o envelhecimento da população, crescimento do diagnóstico, quando um maior número de pacientes procura os sistemas de saúde, entre outros. 

As projeções do Instituto Nacional e Câncer José Gomes da Silva (Inca) estimam a ocorrência de 625 mil casos novos da doença no triênio 2020-2022, e 450 mil excluindo os casos de câncer de pele não melanoma (177 mil registros). Em seguida, vêm os cânceres de mama e próstata, ambos com expectativa de 66 mil diagnósticos no período. O levantamento do instituto prevê ainda 41 mil ocorrências de câncer de cólon e reto, 30 mil de pulmão e 21 mil de estômago. No mundo, o câncer já se tornou o principal problema de saúde pública e figura entre as quatro causas de morte mais frequentes antes dos 70 anos de idade. 

Um diagnóstico de um tumor oncológico não é uma sentença de finitude. Muito pelo contrário. Os pacientes brasileiros já podem ser diagnosticados e tratados com procedimentos e medicamentos usados em países desenvolvidos. O sistema de saúde pública conta com uma rede de atendimento que, apesar das dificuldades, consegue prestar assistência a uma parcela significativa da população. 

Cientistas de todo mundo têm realizado estudos na busca de novos medicamentos e procedimentos cada vez menos invasivos. A nanotecnologia é um dos exemplos, assim como a imunoterapia e a terapia alvo. Se por um lado teremos um crescimento do número de casos oncológicos, também estamos aumentando as possibilidades de uma abordagem mais ampla e com melhores resultados. 

Concomitantemente, a população informada tem condições de reduzir os fatores de risco que podem levar às doenças oncológicas. No caso do câncer de pele, evitar a exposição demasiada ao sol e aplicar protetor solar são atitudes para ensinar as crianças. O uso de tabaco é o principal fator de risco para pessoas com câncer de pulmão e esse é um vício que precisa ser extinto. Uma alimentação pobre em fibras e com baixo consumo de água, mas rica em alimentos industrializados e ultraprocessados pode aumentar a propensão para o câncer de cólon e reto. O estresse e a hereditariedade também devem ser levados em consideração quando falamos de fatores de risco. 

Assim como há 50 anos contávamos com poucas ferramentas para diagnosticar e tratar das doenças oncológicas, o futuro traz otimismo ampliando a abordagem e o alcance de resultados positivos. Mas é preciso cuidar do dia a dia, buscando reduzir os riscos associados aos hábitos não saudáveis. Uma vida longeva e com qualidade de vida é uma possibilidade cada vez mais presente para todos. 


(*) Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove (Universidade Nove de Julho) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Outras publicações do Blog

Perspectivas de casos de câncer com o uso de agrotóxico

O câncer colorretal pode ter influencia de agrotóxicos usados na alimetação

Novos caminhos da oncologia

Os avanços da ciência têm proporcionado respostas para diversos males que afligem a população. Nessa pandemia, por exemplo, a agilidade dos cientistas na produção de uma vacina para combater o novo coronavírus

Novas abordagens para o câncer de mama

O tratamento do câncer de mama conta com o avanço da ciência para uma abordagem mais ampla, que pode incluir aos tradicionais procedimentos de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Lições da pandemia para a oncologia

Os primeiros momentos da pandemia do novo coronavírus trouxeram pânico para a população mundial. O desafio de combater um inimigo pouco conhecido e com uma capacidade gigantesca de transpor continentes foi enfrentado de maneiras diferentes pelos países.

Tratamento do câncer e o CRISPR

A tecnologia de edição de genes CRISPR vem ganhando novas aplicações e tem potencial para transformar o diagnóstico e o tratamento de diversas doenças, como alguns estudos já aplicados em terapias para o câncer.

O sucesso dessas novas técnicas já permite vislumbrar, num horizonte de curto e médio prazos, a abordagem do câncer como uma doença crônica, mas ao mesmo tempo controlável quando bem acompanhada.

Estadão: Oncologia de precisão cada vez mais próxima 

O sucesso dessas novas técnicas já permite vislumbrar, num horizonte de curto e médio prazos, a abordagem do câncer como uma doença crônica, mas ao mesmo tempo controlável.

Na oncologia, as vacinas têm protegido a população de infecções por vírus que podem causar câncer. É o caso de algumas cepas do papiloma vírus humano (HPV).

Veja Saúde: Vacina no tratamento do câncer

As recentes pesquisas utilizando o RNA mensageiro nas vacinas contra a Covid-19 são um dos caminhos possíveis para a oncologia. Um dos diferenciais desse método é facilitar a criação de vacinas sob medida.

O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus trouxe reflexos diretos para o diagnóstico e o tratamento de diversos males que afetam a população. Os pacientes oncológicos estão no grupo que postergou os cuidados com a doença com reflexos diretos tanto no sistema público quanto no privado. Hospitais e clínicas registram até 70% de adiamento das cirurgias nos momentos de pico da pandemia.

Estado de Minas: A oncologia na pandemia 

Os adiamentos de diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas já trazem reflexos diretos para o sistema de saúde, que registra grande procura, principalmente pelas cirurgias eletivas.

Ter um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição a substâncias ocasionais é o objetivo primordial para evitar o câncer. Muitas vezes as nossas próprias escolhas são o melhor fator de proteção

Podemos evitar 30% dos cânceres

Ter um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição a substâncias ocasionais é o objetivo primordial para evitar o câncer. Muitas vezes as nossas próprias escolhas são o melhor fator de proteção

O isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 trouxe profundas mudanças no nosso cotidiano. Por um bom tempo ainda precisaremos tomar cuidados para evitar a proliferação do novo coronavírus. Para os pacientes oncológicos, essa precaução precisa ser redobrada diante de um quadro clínico de baixa imunidade.

Telemedicina na pandemia da Covid-19

O isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 trouxe profundas mudanças no nosso cotidiano. Por um bom tempo ainda precisaremos tomar cuidados para evitar a proliferação do vírus.

Os impactos da pandemia da Covid-19 são imensos na área da saúde. A dedicação de médicos, enfermeiros, assistentes e demais profissionais tem recebido elogios mundo afora. O novo coronavírus traz ainda um outro grande desafio. Precisamos atender essa avalanche de pacientes que são infectados diariamente, aumentando a demanda tanto do sistema público de saúde como da rede particular. Porém, as pessoas continuam adoecendo de câncer, diabetes, problemas cardíacos, entre outras enfermidades.

Diário do Grande ABC: Covid-19 e os pacientes com câncer

Precisamos atender os pacientes infectados diariamente, aumentando a demanda tanto do sistema de saúde. Porém, as pessoas continuam adoecendo de câncer, diabetes, entre outras enfermidades.